quinta-feira, agosto 14, 2008

Across The Universe



Beeeem, como eu estava dizendo antes, eu queria falar sobre os filmes que andei vendo, e esse foi um dos mais interessantes. Eu não sou muito fã de musicais, pelo menos aqueles em que o povo fica correndo parado enquanto tira e coloca um chapéu na cabeça... heheheheh

Mas o caso de Across the Universe foi interessante, porque eu ouvi um anúncio a respeito no rádio e achei que nunca veria o filme, ainda mais porque foi na rádio universitária, achei que se tratava de um anúncio de alguma mostra que iria ter num cinema da faculdade, qualquer coisa assim.



Aí a minha namorada, que é uma gatinha cultural (só faltava freqüentar o burburinho... hehehe), me chama para ver um filme que ela não sabia muito bem do que se tratava, mas que tinha a ver com os Beatles, e eu associei ao anúncio do rádio. Programinha de meio de semana no Cinema do Parque, fui ver.

Como eu sabia que não era nenhum mainstream, eu fui esperando de um filme bom a um que me fizesse dormir no meio. E grata surpresa, o filme era ótimo!


para começar, os atores todos estavam afinados, as versões das músicas estavam maravilhosas e bem colocadas dentro da história, essa por sua vez, apesar de tratar de duas coisas que um porrilhão de filmes já trataram, como guerra do Vietnã e romance, trata as duas com um tom que, mesmo não sendo lá inovador, ficou interessante, com os altos e baixos da relação de Jude e Lucy em meio aos acontecimentos, mesclados ao conflito ideológico.





Mas para quem não viu poder entender, e deixando a minha opinião pessoal de lado, o filme começa com Jude, um jovem operário inglês, filho de um soldado americano, que viaja para os EUA para conhecer o pai que não sabia de sua existência. Chegando lá, faz amizade com Max e Lucy Carrigan, dois irmãos vindos de uma família tradicional americana, mas que resolvem ir para Nova Iorque para conquistar sua idependência dos pais. A história do trio se enlaça com a das personagens Sadie, cantora que estava a ponto de ter uma ascenção em sua carreira, Jojo, o guitarrista, nova aquisição da banda de Sadie, que ajudou no seu salto e começa um romance com ela. Prudence, garota descendente de orientais que se muda para o Village para viver num lugar onde ela possa seguir sua orientação sexual sem os preconceitos de sua cidade pequena.

Em NY esses amigos vivem o ápice dos anos 60, com o movimento contra a guerra, o psicodelismo e toda essa virada cultural que o mundo passava. Jude e Lucy começam um romance, que fica ameaçado quando ela começa a se envolver com grupos pacifistas extremistas. Jude não aceita a postura violenta deles, preocupado com os riscos a que Lucy estaria se submetendo, além de ter ciúmes do líder do movimento, que ele acreditava estar tentando seduzir sua amada (mas também, pqp, povo querendo fazer paz pelas bombas...). Lucy se envolve cada vez mais com o movimento anti-guerra ainda mais depois que seu irmão volta com ferimentos e problemas mentais. As idas e vindas desses relacionamentos de amor e amizade entre as personagens se dão todas embaladas ao som dos Beatles, cantados pelo próprio elenco (claro, é um musical, oras). Um filme emocionante até o último número, um belo tributo à amizade e ao amor.



E já está bom, falei bobagem demais, puxei o saco demais, fiquem com um dos números do filme:








Um comentário:

Lívia disse...

tá vendo vc que é bom ter uma namorada cultural (leia-se lisa que vai ao cinema de R$ 1,00) pra dar boas indicações de filmes...
já não se pode dizer o mesmo dos Rolins Stones ehehhehe